Anuncie connosco
Pub
Opinião
Rui Pinheiro – Sociólogo
Rui Pinheiro
Sociólogo

Fora do Carreiro

Como vai ser?

6 de junho de 2022
Partilhar

A Valorsul nasceu em Setembro de 1994 e no ano seguinte assinou um contrato de concessão com o estado português para assumir a responsabilidade da concepção e gestão das instalações e sistema de tratamento de resíduos sólidos urbanos da sua área.
Contra os populismos, demagogias e maledicências da época, os accionistas mantiveram a sua visão, objectivos e coesão que conseguiu dar resposta efectiva e muito necessária à problemática dos resíduos sólidos urbanos, que com o esgotamento do Aterro Sanitário de Santa Iria de Azóia, a extinção das lixeiras existentes noutros concelhos e constrangimentos vários que se iam apresentando, perante um cenário de crescimento substancial do volume de resíduos, requeria resposta urgente e consistente.
A construção da Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos (Incineradora) foi a resposta técnica e tecnológica escolhida que, com um horizonte de exploração de 20 anos, oferecia (e ofereceu) garantia de estabilidade ambiental, económica e operacional aos sistema.
Cerca de um ano antes, tinha sido também construído o Aterro Sanitário de Mato da Cruz em Vila Franca de Xira para substituir o de Santa Iria de Azóia e garantir a recepção dos resíduos até à construção da Incineradora.
As questões que agora se colocam com toda a acuidade é que o Aterro Sanitário de Mato da Cruz está praticamente cheio e, a questão magna é que a Incineradora já ultrapassou o seu período de vida útil: 20 anos.
Podendo admitir-se que seja possível ainda estender. por via de alguma manutenção mais substancial, a vida operacional sem percalços de maior mais alguns poucos anos e que possa fazer-se uma gestão ainda mais exigente e criteriosa do Aterro Sanitário de Mato da Cruz, a verdade é que os accionistas têm urgentemente de iniciar o debate sobre as alternativas e, deve avisar-se, é intolerável que o façam nas costas das populações e das autarquias locais.
Não me cabe definir datas, mas permito-me considerar que até ao final do corrente ano é indispensável iniciar a discussão pública sobre as opções técnicas e de localização, bem como os impactos ambientais e económicos nas nossas vidas. Que ninguém assobie para o lado !

Última edição

Opinião