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Entrevistas

Especial Autárquicas 2021

Ricardo Leão - Candidato do ps

5 de junho de 2021
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Nome:

Ricardo Leão

Idade:

45 Anos

Profissão:

Contabilista certificado

Formação académica:

Licenciado em Gestão de Empresas

Local de Nascimento:

Lisboa

 

O PS aposta no candidato que venceu as eleições para a Assembleia Municipal em 2017. Isso dá força redobrada a esta candidatura?

É inegável que sim. O facto de termos merecido o voto para a Assembleia Municipal, nas últimas eleições autárquicas, foi um sinal de confiança na minha pessoa, mas também no trabalho que fizemos neste órgão autárquico. É sem dúvida uma força redobrada e um bom prenúncio para aquilo que queremos, merecer igualmente o voto de confiança da população também para a Câmara Municipal.
Num contexto difícil, consegui incutir um conjunto de novas dinâmicas de aproximação dos eleitores a esta assembleia municipal, com a realização, pela primeira vez, de assembleias municipais descentralizadas / temáticas, sobre os desafios e oportunidades das anteriores 18 freguesias do Concelho de Loures, fazendo com que mais de 1000 munícipes colocassem de forma direta as suas legitimas preocupações e anseios.
Transformámos este órgão autárquico na verdadeira casa da democracia do Concelho de Loures que estudou e apresentou propostas para a resolução de muitos dos problemas da população. Pena foi que o atual Presidente da Câmara pouco ou nada lhes desse importância, pois poucas foram as deliberações aprovadas na Assembleia Municipal que a Câmara Municipal deu seguimento.

Em que medida, pensa esta Lista do PS, conhecedora da realidade local, poder inovar em relação ao que já propôs no passado?

A minha candidatura a Presidente da Câmara Municipal de Loures, bem como a candidatura da Susana Amador a Presidente da Assembleia Municipal, é acompanhada por um conjunto Mulheres e Homens, com provas dadas, com experiência autárquica, filhos da terra, com competências adquiridas em diversas áreas.
Os nossos presidentes de junta de freguesia e os nossos candidatos às restantes freguesias são os melhores protagonistas para concretizarmos o nosso programa eleitoral para as freguesias e para o Concelho de Loures.
Iremos apresentar pessoas com experiência adquirida, com competência e um amor incondicional à sua terra. Essa experiência é muito importante para não voltar a repetir os erros do passado e desenvolver soluções inovadoras, ambiciosas, renovadas, mas concretizáveis.

Razões e objetivos da candidatura, linhas Mestras?

Em primeiro lugar, candidato-me por dedicação à minha terra. Sinto que devo continuar a pôr ao serviço de Loures a minha experiência e competências. Esta pandemia, que nos fez colocar tudo em perspetiva, veio reforçar essa decisão. Considero que o executivo da CDU não fez o que podia nesta fase tão difícil para todos nós. Não esteve ao lado da população, das empresas, das organizações e dos comerciantes como deveria ter estado.
Os próximos anos serão de grandes desafios na busca de soluções para muitos problemas e quero estar no meu concelho a executar o Plano de Recuperação e Resiliência e concretizar importantes investimentos no âmbito do próximo quadro comunitário a 2030. Esta década trará oportunidades únicas para a resolução de problemas nas áreas da educação, habitação, saúde, ambiente e mobilidade, que não podem ser desperdiçadas. Temos de ter políticas que efetivamente resolvam os problemas e necessidades das populações. Não podemos continuar a ter no concelho de Loures pessoas que não têm água e saneamento, que vivem em situações indignas.
Temos de ter uma nova agenda política, colocando Loures como um concelho central no contexto da Área Metropolitana de Lisboa, com as linhas mestras da visão estratégica focadas no Desenvolvimento Económico, Habitação, Saúde, Educação e Mobilidade.
A minha experiência autárquica dá-me muita confiança: em 2001 vereador da Câmara Municipal de Loures, onde durante 12 anos tive importantes áreas como as Finanças, o Desporto, a Cultura, a Juventude e a Educação, onde fui responsável por importantes medidas transformadoras. Em 2015, fui eleito deputado à Assembleia da República, funções que atualmente exerço em resultado das últimas eleições legislativas, e que acumulo com a função de coordenador dos deputados do PS eleitos pelo distrito de lisboa.
Vivo e sempre vivi neste Concelho, onde estudei na escola pública em Sacavém, as minhas filhas frequentam igualmente a escola pública em Santa Iria de Azóia, brincam e crescem onde eu brinquei, cresci e me fiz adulto. Este foi, é e será sempre o meu Concelho.
Pela experiência adquirida, estou nas melhores condições para assumir e responder aos desafios que esta década nos vai colocar. Temos que ter uma visão que coloque de facto os problemas das pessoas em primeiro lugar e acabar com o que tanto estagnou e atrasou o Concelho de Loures nestes últimos oito anos, em relação a todos os municípios da área metropolitana.

Posição após o resultado eleitoral. Com quem se disponibiliza para fazer coligações e com quem não se disponibiliza para fazer coligações.

Essa é uma pergunta típica e habitual nestes períodos de pré-campanha e campanha eleitoral, à qual também vou responder de forma natural. Tenho consciência que estas eleições vão ser muito bipolarizadas no PS e na CDU. Só o PS está em condições de inverter esta gestão comunista. O voto no PS é o único que é capaz de o fazer.
Tudo fizemos e estamos a fazer para merecer o voto de confiança da população, vamos aguardar pelos resultados. A população é sábia e conhecedora do que quer para o Concelho e é a população que vai decidir e responder a esta sua pergunta.

O que mais elogia e o que mais critica na gestão de Bernardino Soares?

Neste mandato, enquanto Presidente da Assembleia Municipal e Presidente da Câmara tivemos obviamente de nos articular em muitas matérias e, desse ponto de vista institucional e nessa minha função de Presidente da Assembleia Municipal, não tenho nada de particular a apontar.
A principal crítica que faço a Bernardino Soares e à CDU é a sua habitual postura de acusar sempre os outros pela ausência de respostas ou falta de obra. Não faz obras nas escolas porque o Governo não envia as verbas necessárias, não constrói os centros de saúde porque não é competência sua, … Não é capaz de ter uma atitude pró-ativa e de fazer parte da solução. Depois, tenho de criticar o facto de, nestes oito anos, ter sempre colocado os interesses do PCP à frente dos legítimos anseios e preocupações das pessoas, originando atrasos em áreas como a saúde, educação e habitação, mas também e infelizmente até na gestão desta crise pandémica. O Concelho nitidamente estagnou, em função de uma agenda partidária do PCP, penalizando a população do concelho.

Qual seria a sua primeira medida se for eleito presidente da Câmara?

Dado o estado de estagnação do concelho em muitas das áreas já referidas, que necessitam de uma intervenção rápida, de forma a recuperar o atraso existente, a principal medida será uma nova visão que queremos para o nosso concelho, acabar com a política do passa-culpas e do queixume e passar para uma postura responsável, integradora, assumindo sempre a sua quota parte na resolução dos problemas, independentemente da competência ser do A ou do B. Numa ótica de implementação mais imediata, a prioridade estará também no espaço público, através da melhoria da recolha do lixo, limpeza urbana, organização do espaço público, num modelo de colaboração ativa com as freguesias.

Como gostaria que as pessoas se lembrassem de si em 2025?

Acima de tudo, como uma pessoa honesta que está a fazer o seu melhor com os meios e recursos que tem. Como alguém que não desiste perante as adversidades e conseguiu dar uma nova esperança e um novo rumo à Câmara de Loures e ao concelho. Uma pessoa que está a cumprir com o que se comprometeu e colocou sempre os interesses das populações em primeiro lugar.

 

Visões estratégicas

Desenvolvimento económico

Tem de ser priorizado, através da atração de novas empresas que criem emprego e riqueza. Empresas inovadoras, de base tecnológica, mas também de setores mais tradicionais. O comércio local tem de ser apoiado para se revitalizar e contribuir para dar nova vida aos centros urbanos.

Habitação

Ninguém pode ficar indiferente à indignidade gritante com que ainda muitas pessoas vivem no nosso concelho e estamos a falar de gente que trabalha e que pagam a sua renda; A criação de soluções e politicas de habitação para a classe média, com a implementação de fogos de habitação colocando-os para o arrendamento acessível; A Habitação Jovem, dando continuidade àquilo que fizemos ainda durante a gestão do PS na Câmara Municipal, em que infelizmente foram os últimos fogos de habitação jovem criados no concelho, pois nestes oito anos de gestão comunista foram Zero.

Saúde

também aqui dar continuidade àquilo que ainda fizemos durante a gestão do PS na Câmara Municipal, com a construção de um conjunto de novos Centros de Saúde como foram exemplo o de Sacavém e Camarate, Santo António dos Cavaleiros e de Moscavide, contrariando a atual gestão comunista que nestes oito anos foram Zero novos Centros de Saúde em funcionamento.
Nestes oito anos, municípios como Lisboa, Sintra, Odivelas, Amadora e Vila Franca de Xira, todos geridos pelo PS, construíram um conjunto de novos centros de saúde. Em Loures voltou-se a preferir atribuir culpas a A ou ao B, governando em função das diretivas vindas do PCP, ao invés de fazer como os outros municípios fizeram.
Devemos investir em unidades de saúde de nova geração, onde seja possível realizar exames de diagnóstico, oferecer consultas de nutrição, de psicologia e outras terapias.

Educação

Acabando com esta politica de queixume e passa culpas, e assumir também a responsabilidade da resolução de muitos dos problemas existentes nas Escolas Básicas 2/3 ciclo e Secundárias, pois as crianças não podem ser tratadas em função do grau de ensino que frequentam.

Mobilidade

O reforço da oferta de transportes públicos em toda a Área Metropolitana de Lisboa passará por investimentos na ferrovia e em transportes movidos a energias sustentáveis. Finalmente, vamos ver chegar o Metro a Loures e teremos que adaptar as ligações rodoviárias dentro do concelho às futuras estações e apeadeiros de comboios.
Ao nível das acessibilidades, é preciso voltar a colocar na agenda e concretizar a saída da A1 na Bobadela, bem como a ligação de Sacavém à 2.ª Circular.
Temos uma agenda, temos soluções, e temos um governo disponível, para responder de forma positiva aos desafios que esta década nos vai colocar, essa disponibilidade do atual Governo do PS, tem sido bem visível com a sua presença constante em muitos momentos da minha candidatura.

objetivos quantificáveis

Câmara Municipal:

Ser eleito Presidente da Câmara com vitória reforçada.

Juntas de Freguesia:

Reforçar a confiança e a votação nas cinco freguesias em que o PS exerce a presidência – Moscavide e Portela, Sacavém e Prior Velho, Camarate, Unhos e Apelação, Santo António dos Cavaleiros e Frielas, e Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela.

Ganhar as restantes:

Loures, Bucelas, Lousa, Fanhões e Santo Antão e São Julião do Tojal.

Assembleia Municipal:

Com a forte candidatura de Susana Amador, a aposta é clara: manter a presidência e reforçar a votação.

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