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Opinião
Rui Pinheiro – Sociólogo
Rui Pinheiro
Sociólogo

Fora do Carreiro

O Sapal e o Metro

6 de maio de 2023
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O Sapal

Ainda não se falava de Jornada Mundial da Juventude e já o ex-Presidente Bernardino Soares e a sua equipa tinham lançado o passadiço, actualmente em construção, que visa estabelecer a ligação entre Vila Franca de Xira e Lisboa, integrando um propósito mais vasto de viabilizar a viagem em modo suave entre Vila Franca de Xira e o Guincho em Cascais.
Almejava-se não apenas o objectivo antes referido mas, e mais importante, dar um impulso robusto a dois outros propósitos e ambições com muitos anos: 1) Permitir a aproximação das populações do Concelho de Loures ao Rio; 2) Fomentar a requalificação paisagística, turística, económica e ambiental da Frente Ribeirinha do Tejo em Loures.
Já antes referimos as nossas preocupações relativamente à falta de descontaminação dos solos da área em que ocorrerão os actos da Jornada Mundial da Juventude.
Agora impõe-se que se questione a forma como a obra do “Passadiço do Bernardino” está a ser executada. Note-se que a concepção de um passadiço sobrelevado face ao solo e em madeira visava proteger o sapal e enquadrar ambientalmente o equipamento. Contudo, o que vemos no terreno é a construção de um sem número de vias de circulação compactadas para viaturas pesadas e máquinas. O que inevitavelmente se tem de perguntar é: Como vai ficar o sapal?!...
Se fazer estradas sob o sapal não o afectasse, por que razão não se fizeram logo as vias evitando os custos com o passadiço ? Por que razão foi necessário tanto tempo para que a Agência Portuguesa do Ambiente se pronunciasse sobre a obra e a sua viabilização?

O Metro

Acabou muito recentemente a consulta pública do processo Transporte Coletivo em Sítio Próprio (TCSP) nos Concelhos de Loures e Odivelas (Linha Violeta). Trata-se do chamado Metro de Superfície de Loures. Lá seguirá os trâmites subsequentes.
Entretanto, é de reparar que não se ouve uma única palavra sobre o Metro para Sacavém. Nem Ligeiro, nem Pesado, nem com PRR, nem sem PRR. Um silêncio ensurdecedor da Câmara Municipal de Loures e das Juntas de Freguesia da Zona Oriental. O que se passa?

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