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Opinião
Rui Pinheiro – Sociólogo
Rui Pinheiro
Sociólogo

Fora do Carreiro

Não, Não estão a fazer nada!

1 de setembro de 2023
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Informa o serviço europeu Copernicus (https://atmosphere.copernicus.eu/news) que Julho de 2023 foi o mês mais quente de sempre, desde que há registos. Se se pudesse pensar que era algo eventual e passageiro, seria apenas um pico, um recorde. A questão é que não…
Aborde-se a problemática do clima sob seja qual seja o prisma, considere-se que na origem da crise climática está a acção humana ou não, parece não restar a menor dúvida que temos, como diz António Guterres, uma espécie de “ebulição climática” em curso.
Os transtornos climáticos vão tendo consequências muito graves em diversos domínios: incêndios, desertificação, reservas de água, saúde humana, biodiversidade, entre outros.
É evidentíssimo que as autoridades portuguesas (Governo e Autarquias, designadamente) têm de agir no contexto das responsabilidades internacionais do Estado Português. Para além disso, o seu entusiamo com guerras e militarismos tem de ser canalizado urgentemente para “atacar” problemas bem mais prementes e importantes para Portugal e os portugueses. O problema dos incêndios, sendo o mais vistoso, não é o único e, neste, a receita tem sido, ano após ano, a conversa “furada” da magnitude do “dispositivo de combate”, quando há muito que toda a gente sabe que o necessário é prevenção, ordenamento, povoamento. Os meios aéreos e outros são, sobretudo, um negócio milionário para uns quantos.
Deveriam estar a merecer, no país e no Concelho de Loures, a máxima urgência, as medidas de mitigação para fazer face às ondas de calor que a ciência nos anuncia, de protecção das pessoas e das infraestruturas básicas, a defesa dos recursos hídricos, o refrescamento do território e, Não, Não estão a fazer nada !
É nossa obrigação colectiva exigir, com todas as forças e enquanto é tempo que a Câmara Municipal de Loures inicie a execução das acções concretas necessárias para defender a sua população e o seu bem-estar perante os efeitos da crise climática. Não fazer o que é preciso fazer desde já, a meu ver, não deve implicar meras responsabilidades políticas, mas deve vir a ser ponderado do ponto de vista de responsabilidade civil. Para já, apelemos ainda ao bom senso e sentido de responsabilidade: Faça-se o que se impõe, sem delongas nem desculpas, para que nunca seja tarde.

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