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Cristina Fialho – Chefe de redação
Cristina Fialho
Chefe de redação

Cristina Fialho

ESTUDAR EM LOURES

9 de julho de 2018
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Viver aqui significa que não precisamos de ir muito longe para ir a escola até ao 12º ano. O que faz com que os amigos sejam os mesmos desde o pré-escolar. Fomenta as amizades de infância e os vizinhos, a escola, o bairro são todos guardiões da nossa própria história de vida.

Acabamos por conviver de perto com gerações anteriores e posteriores, que mais tarde se misturam todas em mesas de café, em relações amorosas e também delas surgem novas gerações.

Também não temos escapatória daquele rufia que detestamos e calha sempre na nossa turma (infelizmente), em contrapartida nunca calhamos no grupo de educação visual do giraço…

Saímos da escola em grupos e vamos a pé, uns vão ficando pelo caminho até que o grupo se disperse, com sorte, temos furo à última hora e ficamos no café a continuar a conversa que tivemos na aula e que a profe interrompeu.

Ao fazer o artigo sobre a escolaridade em Loures revejo-me e a todos os meus colegas de escola, aos que ficaram pelo caminho por motivos que os quadros estatísticos não podem explicar e aos que contribuíram (alguns deles brilhantemente) para a altíssima taxa de acesso ao ensino superior no conselho.

Tenho dois sobrinhos da mesma idade (10 anos) de irmãs diferentes, um estuda em Loures e outro estuda no Lumiar. O que estuda no Lumiar vai para a escola de carro, brinca no recreio e em casa desfruta genuinamente da companhia dos adultos, é bom conversador e o miúdo mais querido do mundo. O outro estuda a ir para a escola a pé e a brincar no pátio com os vizinhos da mesma idade. São experiências de vida diferentes que na certa vão fazer deles adolescentes e adultos na mesma mesa da esplanada daqui a uns anos.

A minha experiência a estudar em Loures traz-me muito boas recordações e já agora obrigada à Câmara de Loures pelo transporte para ir às visitas de estudo.

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