Anuncie connosco
Pub
Opinião
Cristina Fialho – Chefe de redação
Cristina Fialho
Chefe de redação

Editorial

Bitoque Agosto

7 de agosto de 2018
Partilhar

Entre duas rotundas à entrada de Loures, à boa maneira Lourense, há sempre mesa para mais um.

Cheguei às 22h30 e “ainda se arranja qualquer coisinha”, como se alguma vez na vida, uma casa portuguesa fosse capaz de deixar em apuros uma esfomeada sem vontade nenhuma de cozinhar.

Fiz batota na dieta e pedi o bitoque.

Todo um festim de batatas e arroz circundavam o bife com ovo a cavalo. Isto pode parecer corriqueiro, mas para quem anda a saladas desde maio (e verão, nem vê-lo), um bitoque é o equivalente a ir passear a paris, ir à Eurodisney, andar numa montanha-russa três vezes seguidas e não enjoar. Só para terem uma pequena noção do bem que me soube.

Come-se bem nesta terra.

É-se bem recebido, sem cerimónias e com pão a acompanhar.

A simpatia que me acolheu estendeu-se a dois miúdos, filhos da gerente que por lá passeavam (já cheios de sono) que estranharam as minhas perguntas à mãe. Sónia Rodrigues, natural de Ponte de Lima foi parar a Loures depois dos seus pais terem regressado de uma tentativa de emigração para os estados unidos, da terra trouxe as receitas com o queijo tradicional, as memórias de infância mas é em Loures que é a sua casa e que tem o seu estabelecimento há 17 anos.

Quando me identifiquei como sendo do Jornal de Loures (depois de já ter passado um bom bocado à conversa) os miúdos correram a ir buscar o quadro que estava na parede.

Voltarei para experimentar a posta à Mirandesa e o Bacalhau à Limiano.

Repare - entre as duas rotundas à entrada de Loures.

Última edição

Opinião