Das Notícias e do Direito
Black Friday/Orçamento de Estado/Famílias
6 de novembro de 2021
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Ainda de manga curta e sem meias, porque o estio prolongado o justifica, deparamo-nos com as primeiras compras natalícias e pensamos «oh my God, já?!»
É certo que falta o pão por Deus, o Verão de S. Martinho, e a black friday…
Pois bem, entre o verão que não termina, as moratórias que findaram, a pandemia que subsiste e as discussões interessantérrimas sobre o orçamento de Estado, certo é que faltam menos de dois meses para o Natal!
A black friday é recente em Portugal, mas o comércio e as marcas adoptaram-na como meio de animar as vendas.
Pois bem, trata-se de um dia, em regra prolongado para o fim-de-semana, em que há descontos substanciais nos bens.
Pense, por isso, no orçamento familiar, faça a lista de presentes de Natal e veja se se consegue aviar antecipadamente.
Note que muitas lojas já esticam o período de trocas até ao final do ano, pelo que mesmo que o presente não sirva ou seja do agrado do beneficiário é possível trocá-lo depois do Natal!
Faça uma prospecção prévia, a fim de identificar o que comprar, compare preços, antes e depois, e parta à aventura.
Considerando as dificuldades de muitas famílias, o peso do fim das moratórias, a perda de trabalho de outros, há que procurar a contenção ou o benefício da poupança.
Se é certo que o Natal é muito mais que consumo, não é menos certo que o consumo é necessário e que faz parte integrante das necessidades das famílias, pelo que sendo possível aproveitar dos descontos, siga.
Atente-se, também, da protecção dos direitos do consumidor, constitucionalmente consagrada e que permite trocas, devoluções, reembolsos, sempre que se arrepender, não gostar ou não corresponder ao que pretendia.
Ah e reclame. Reclame sempre que se justificar. Não deixe para depois, reclame. O exercício de um direito pode ser libertador.
Acresce que, o orçamento de Estado, apesar das parangonas do costume, não acarreta propriamente um pão por Deus aos contribuintes…
Posto isto, e ante a proximidade do fim do ano, veja como estão as suas finanças, as suas deduções fiscais e o que está ao seu alcance para planear e pagar um pouco menos de IRS ou IRC, caso se trate de empresa.
Afinal planeamento fiscal não é pecado, mas sim sinal de inteligência e preparação!
Veja o que pode gastar, onde aplicar, que aforros dedutíveis fazer e quais os donativos que lhe trazem vantagem, ao bolso e à sua paz interior.
Saúde e prudência!