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Atualização

Demolição das barracas em Talaúde

6 de maio de 2023
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No Notícias de Loures passado trouxemos-lhe a história da demolição das barracas do bairro de Talaúde, em Camarate.
A SIC Notícias fez uma reportagem, para saber como estão estas famílias.
Mais de um mês depois das demolições no bairro de barracas, ainda não há uma solução definitiva para as famílias desalojadas. Uma grávida e duas mães, com bebés de colo, estão a viver numa pensão em Lisboa e estão separadas dos filhos mais velhos.
Ivânia Quinta faz todos os dias 40 quilómetros entre Lisboa, onde agora vive numa pensão, e Queluz, onde os quatro filhos mais velhos ficaram a morar com o pai. Foi esta a solução encontrada depois dos despejos, no início de março.
Com ela ficou apenas o filho mais novo, Davi, de cinco meses. À SIC disse que a Segurança Social garantiu que podia receber os filhos na pensão, mas a realidade é outra: só podem lá ficar poucos minutos.
O caso de Ivânia não é único. Também Daisye, com um bebé de colo, e Annaliza, grávida e a aguardar uma operação ao coração, vivem na mesma pensão em Lisboa, onde não foi autorizada a entrada da equipa da SIC. As duas vieram para Portugal ao abrigo de um protocolo de saúde com as antigas colónias. Daisye queixa-se das condições em que vive:
“O médico disse que já está na altura de comer uma sopinha, um iogurte [o filho]. Eu não faço nada para ele comer porque não tenho acesso a um fogão, a uma geleira, nem a uma cozinha para lavar o biberão. Não tenho acesso a nada, mesmo para dar banho é complicado, quanto mais para comer”, referiu.
As três mulheres estão sozinhas, sem os companheiros e pais das crianças e vivem entre a espada e a parede: o desespero de encontrar uma casa que possam pagar e o receio de perderem os filhos.
Anannilza Semedo teme que lhe tirem o bebé logo após o parto. O bebé vai ter de nascer prematuro para ela ser operada. “Acho que já estão com a tentativa de me tirar o bebé quando eu der à luz. Antes de me tirarem o bebé vão ter de me matar”, contou.

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