Anuncie connosco
Pub
Entrevistas

Especial Autárquicas 2021

Nelson Batista - Candidato do psd

2 de maio de 2021
Partilhar

Nelson Batista, nascido a 12 de janeiro de 1971 na localidade de Carcavelos, freguesia de Lousa do Concelho de Loures. Casado com 2 filhos e uma filha. Licenciado em Gestão, inscrito na Ordem dos Contabilistas Certificados. Agente de Seguros, inscrito no Instituto de Seguros de Portugal. Foi escriturário da Associação Infanta D. Mafalda (1991 a 1998). Foi Vice-Presidente (área financeira) do Atlético Clube da Malveira (2007-2009). É socio – gerente de Batista & Revez – Sistemas Administrativos, Lda. Fundador e o primeiro Presidente da Direção da Associação Recreativa Carcavelos de Lousa. É membro do Concelho Fiscal da Caixa de Crédito Agrícola de Loures, Sintra e Litoral. É atualmente o Presidente da Junta de Freguesia de Lousa, no último mandato autárquico e Presidente do PSD – Concelhia de Loures.

«Sou Contabilista Certificado, profissão essa que continuo a exercer. Nunca quis abdicar da minha profissão, nunca ambicionei viver da política ou ser político de profissão, mas sim servir a população da melhor forma que me é possível. Quem me conhece sabe o significado que o serviço público tem na minha vida. Pratiquei futebol federado até aos 32 anos de idade. De seguida passei por várias direções do Atlético Clube da Malveira e em julho de 2008 fundei a ARCL – Associação Recreativa de Carcavelos de Lousa, tendo sido o primeiro Presidente da Direção. Em 2009 abracei um grande desafio, o de ser Presidente da Junta de Freguesia de Lousa, cargo que continuo a exercer atualmente. E é um grande orgulho!»

O Porquê do PSD ir sozinho quando tem ido em coligações?

Na verdade, não escondo que houve a possibilidade de irmos em coligação, mas sentimos que seria pouco benéfico para os Lourenses. Queria também esclarecer que o facto de avançarmos sozinhos não significa que partimos em desvantagem, pelo contrário! Em primeiro lugar acredito muito na força deste partido e na equipa que me acompanha. Há muitos anos que o PSD não vai sozinho às eleições autárquicas no Concelho, e existia uma vontade enorme de o fazermos agora. Assim, decidimos avançar “sozinhos”, mas desta forma considero que podemos realmente apresentar os nossos ideais e ideias para o Concelho, não estamos de nenhuma forma condicionados e isso é sempre uma vantagem. Para além de que não basta apregoar que somos diferentes se a nossa vontade é fazer sempre tudo igual. Esta candidatura é diferente e estamos conscientes de que estamos a trilhar um caminho distinto.
Contudo também acredito que alguns dos partidos que irão concorrer, apesar de não estarem ao nosso lado no boletim de voto, serão certamente nossos parceiros na reforma que pretendemos implementar em Loures.

Após a candidatura de André Ventura, esta lista surge numa linha de continuidade ou numa linha de renovação?

Completamente de renovação. É uma lista que aposta muito na experiência, mas também na juventude dos seus membros, conseguimos conjugar isso, o que vai ao encontro das necessidades sentidas pelas pessoas no concelho. Este projeto parte de uma grande vontade de fazer diferente e de marcar a diferença, tendo por base a auscultação das realidades vividas pelos lourenses, que são muito distintas. O concelho de Loures é um concelho riquíssimo, muito grande em termos de área e muito singular também. Dentro do mesmo concelho temos realidades muito diferentes, desde zonas mais industriais, a zonas mais rurais. É um concelho com bastantes contrastes e muita complexidade, portanto a necessidade de criar uma equipa à altura era premente. No fundo, é uma lista que está a ser constituída por homens e mulheres sem qualquer tipo de dependência da política, todos com profissão, conhecedores da realidade de cada uma das freguesias e do respetivo concelho, que acredito que vão trazer uma enorme mais-valia de conhecimento e qualidade para todos os Lourenses. Esta lista é efetivamente constituída por pessoas com sentido de serviço público e com muita vontade de transformar Loures no concelho que sempre ambicionaram. Não somos resignados ao que temos, queremos mais.

Razões e objetivos da candidatura, linhas mestras...

O que me move neste momento, e que fez com que abraçasse este desafio e no qual tenho muito orgulho, é ser um autarca, um autarca de proximidade, que trabalha diária e incansavelmente pelo bem comum e pelo bem-estar da população.
Conheço bem o Concelho, assim como todas as 10 freguesias, e enquanto decisor (porque não me considero um político) coloco-me ao lado das pessoas e nunca acima. Só estando ao lado das pessoas conseguimos resolver os problemas, esse é um ensinamento que aprendi ao longo destes 12 anos de mandato enquanto presidente de Junta.
Senti que era altura de mudar a história, de fazer política de uma forma diferente, com os partidos, mas acima de tudo com as pessoas, é isso que me move. Essa é a minha maior batalha, é fazer com que as pessoas acreditem em mim, nas pessoas que me acompanham para mudar e fazer diferente em Loures.
Antes de oficializar a minha candidatura eu pensei muito neste desafio, porque implica uma grande mudança na minha vida. O apoio da minha família foi determinante para esta candidatura, pois é na minha mulher e nos meus filhos que encontro o meu porto de abrigo, são eles que nos bons e maus momentos, dizem presente. Tomei esta decisão com o coração, sem fazer contas, e tomei-a porque vejo que existe necessidade que fundamente uma candidatura que pretende mudar Loures para melhor, porque é um concelho estagnado. Avanço sabendo que este concelho é de esquerda e sabendo dos desafios que tenho de enfrentar, mas acredito muito neste projeto e nesta equipa e acredito que é desta vez que as pessoas vão votar. O Partido Socialista e a CDU já tiveram oportunidade de mostrar o que valem, ao PSD nunca foi dada essa oportunidade e eu creio que tenha chegado o momento. Sinto, dia após dia, que este movimento está a crescer, onde todos e todas, no fundo, irão ganhar Loures.
Relativamente aos objetivos desta candidatura, as minhas linhas principais para os próximos 4 anos, integradas numa visão a 10 anos, passam por tornar Loures num concelho mais moderno, mais atrativo, mais global e multicultural, onde ninguém fique para trás. Pretendo também que Loures não seja considerado apenas um dormitório e não sirva apenas para residir, mas sim para viver. Paralelamente, aliado à boa gestão dos dinheiros públicos, quero projetar Loures como um grande concelho e como um dos mais importantes na área metropolitana de Lisboa, reconhecido internacionalmente como polo de inovação e qualidade de vida. Quero concretizar estes objetivos num mandato dotado de exigência, rigor e transparência, que são valores fundamentais para mim.
Este é o caminho. Porque afinal Loures começa agora.

Posição após o resultado eleitoral, com quem se disponibiliza para fazer coligações e com quem não se disponibiliza para fazer coligações?

É uma questão que não se coloca. O nosso objetivo é ganhar. O trabalho que estamos a desenvolver e a energia que estamos a dispor em prol deste projeto não é merecedor de uma derrota, estamos muito dedicados a este projeto e muito empenhados. Obviamente que, não ganhando com maioria absoluta, teremos de fazer acordos e esses acordos terão de ser com forças políticas que se identifiquem com o nosso programa, visão e estratégia para o nosso concelho.

O que mais elogia e o que mais critica na gestão de Bernardino Soares?

Não se coloca a questão de elogio ou de crítica a Bernardino Soares ou a outros Presidentes de Câmara que o antecederam. Também eu sou presidente [de Junta] e efetivamente acredito que todos os presidentes que passaram por Loures tinham todos um objetivo comum, que passavam pelo incremento do bem-estar e da qualidade de vida dos lourenses. Quero acreditar que são estas as ideias que movem os autarcas. Contudo, nos últimos 47 anos, desde o 25 de Abril, quer a gestão do PCP quer a gestão do PS não conseguiram dar a quem reside, trabalha, ou visita o Concelho de Loures a qualidade, dignidade e visibilidade que este Concelho merece.
As governações do PCP e PS estão gastas, estão cansadas. Sentimos que as pessoas estão resignadas com o que têm e deixaram de pensar e olhar com exigência para o que poderiam ter. O PSD nestas eleições propõe-se a isso mesmo, propomo-nos a fazer com que as pessoas do concelho de Loures ambicionem mais, queremos mais exigência, mais diálogo com os agentes políticos. E só há uma forma de querermos mais exigência: sermos exigentes connosco próprios também. Queremos transformar a Câmara de Loures numa plataforma entre as pessoas e os políticos, porque no fundo temos todos um objetivo comum - queremos um concelho com qualidade de vida, atrativo, um concelho no qual dê gosto viver e permanecer.

Qual seria a sua primeira medida se for eleito presidente da Câmara?

A primeira medida como Presidente vai ser dar a oportunidade às pessoas das aldeias, vilas ou cidades de se fazerem ouvir e com o seu contributo dotar os novos tempos de modernidade, tornando o concelho de Loures num concelho pensado para o progresso, apoiando a economia e a cultura.
Ou seja, não lhe vou dizer que vou fazer um monumento ou um centro cultural. Acima de tudo, a primeira medida é realmente ouvir as pessoas para conseguirmos pensar o território. Nós somos eleitos pelas pessoas, para as pessoas, portanto faz sentido que a primeira medida seja envolvê-las nas nossas decisões. Aprendi isso com a minha experiência enquanto Presidente de Junta… um Presidente de Junta nunca decide para si. É a ouvir as pessoas e a colocarmo-nos lado a lado que vamos conseguir reformar Loures de modo a que se sinta que estamos apenas num concelho, como um todo, e não em 10 Freguesias que pertencem a um concelho.
Tenho consciência de que estamos a atravessar um contexto singular, estamos ainda em pandemia e logicamente que temos de estar mais bem preparados para o hoje e para o amanhã. Eu acredito que o dia de hoje é o amanhã com que nos preocupámos ontem. Isto é, temos de pensar bem o presente, sabendo que terá consequências futuras. Temos de pensar tudo como exemplo de prevenção de uma nova pandemia, não podemos correr o risco de fechar novamente escolas, fechar o nosso comércio e tecido empresarial, parar a nossa economia, porque perante isto estaremos a abandonar as pessoas. Como tal, um Presidente tem de estar dotado de meios, no fundo, de uma estratégia financeira com aplicação imediata e direta, para evitar o fantasma do desemprego. Enquanto Presidente de Câmara terei de estar preparado para dar resposta a estas questões em detrimento de grandes obras. Por isso precisamos no imediato dar também resposta a esta situação. Temos de fazer o que é certo, não o que é fácil.

Como gostaria que as pessoas se lembrassem de si em 2025?

Em 2025… Há uma frase de Albert Camus de que gosto particularmente, que é a seguinte: "a verdadeira generosidade para com o futuro consiste em dar tudo ao presente”. E é um pouco isso que eu sinto. Acho que para falar sobre o futuro é preciso termos a certeza de que estamos focados no presente e eu, bem como a minha equipa, estamos muito focados no nosso objetivo de tornar Loures um concelho melhor e renovado.
Mas não quero que as pessoas se lembrem de mim em 2025, o que quero é que se lembrem de como era o concelho antes de 2021 e depois de 2025, é isto que me move. A marca deixada não deve ter nomes de presidentes, o fundamental e importante é dotar o concelho de infraestruturas que sejam necessárias e tornar o concelho atrativo e empreendedor, onde a inovação, a ciência e a cultura sejam o futuro de Loures.

Candidatura - objetivos quantificáveis

Esta candidatura pretende melhorar todos os resultados das anteriores eleições, que se traduzem em vencer as Freguesias, a Assembleia Municipal e a Câmara Municipal. Não o quero por ser uma vitória para o partido ou porque quero que o PSD fique bem posicionado, mas ambiciono isso porque acredito que seria uma vitória para as pessoas de Loures e digo isto consciente da responsabilidade que isto acarreta. Quando decidi candidatar-me, fi-lo porque estou convicto que Loures merece mais, tanto ao nível dos transportes e mobilidade, como ao nível da qualidade de vida dos munícipes. Isso engloba os serviços, a cultura, a economia, a modernização de infraestruturas. Melhorar a atratividade do concelho, quer seja para os munícipes quer seja para os visitantes é, verdadeiramente, um objetivo claro desta candidatura.

Última edição

Opinião