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Ricardo Andrade – Comissário de Bordo
Ricardo Andrade
Comissário de Bordo

Opinião de Ricardo Andrade

2023? Vamos a isso!!

9 de janeiro de 2023
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Chegados a 2023! Chegados a mais um início de ano onde a tendência é a de renovar esperanças em algo melhor.
Mas será que as esperanças poderão estar em altas quando olhamos para 2022 e para este curtinho início de 2023?
Guerra na Ucrânia, cheias na área metropolitana de Lisboa, pandemia descontrolada na China, caos e mais casos no Governo, professores em “pé de guerra”, SNS descontrolado ou empresas públicas com pré-avisos de greve são apenas alguns dos cartões de visita para este novo ano que se avizinha. E que cartões de visita.
Pedem-nos confiança, recomendam-nos pensamento positivo. Vendem-nos sonhos. Dizem-nos que afinal tudo isto e mais uma série de indicadores negativos não são assim tão maus. Enfim...
Olhamos para um mundo virado ao contrário e reparamos que se continua a tentar que vivamos todos num clima de serenidade quando o céu desaba sobre as nossas cabeças.
Olhamos para o “circo a arder” e vemos que pretendem que façamos como na música do Carlão e fiquemos a “assobiar para o lado”.
Curioso não é? Vivemos a vida sendo-nos pedidas soluções diárias para problemas diários ( no trabalho, na nossa família e um pouco por todos os sectores das nossas vidas ), mas depois observamos que naquilo que não está apenas nas nossas mãos nos pedem tempo ou então paciência para não reivindicarmos soluções tão atempadas quanto aquelas que nos são pedidas no dia-a-dia.
Sempre pautei a minha vida por um rol de valores e princípios onde a coerência nunca pode “ ficar em casa”. Então porque haveria agora de compactuar com esta cultura de pedir tudo a uns e nada a outros? Então porque haveria agora de aceitar esta atitude de “ bem prega Frei Tomás, olha para o que ele diz e não para o que ele faz”? Então porque haveria agora de ser menos rigoroso com quem tem obrigação de não falhar?
Sei que este texto está a parecer muito um grito de revolta. Tenho a noção de que este texto revela muita da insatisfação que a maioria tem. Estou certo de que parece que a esperança morreu para estes lados.
Nada mais errado! A esperança em que sejamos pró-activos está em alta! A confiança no nosso querer colectivo está em níveis elevados! E a vontade de lutar por anos vindouros melhores poucas vezes foi tão grande!
Por isso, caro leitor, lhe digo:
“ 2023? Vamos a isso!!”

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