Cooperação Governo – Câmara de Loures
João Soares visita Valflores
5 de março de 2016
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O ministro da Cultura garantiu, no dia 10 de Fevereiro, que o Governo tem «a intenção firme» de cooperar com a Câmara de Loures na recuperação do Palácio Valflores. O imóvel, situado em Santa Iria de Azóia, encontra-se abandonado há muitos anos e foi mandado construir no séc. XVI. É considerado um exemplo da arquitetura residencial renascentista em Portugal e, segundo a organização Europa Nostra, é um dos 14 monumentos mais ameaçados na Europa.
No decurso de uma visita ao concelho de Loures, durante a qual visitou o imóvel mandado construir por Jorge de Barros, feitor de D. João III na Flandres, João Soares afirmou que pretendia “avaliar” com os seus próprios olhos «algumas questões de natureza patrimonial que se colocam no concelho de Loures e onde o Ministério da Cultura tem a intenção firme de trabalhar em cooperação com o município».
A sustentação do edifício tem um custo estimado em meio milhão de euros que serão suportados pela Câmara, disse Bernardino Soares, que frisou o «empenho» da autarquia na sua recuperação.
Quanto à utilização futura do Palácio de Valflores, classificado como Imóvel de Interesse Público, Bernardino Soares disse que ele deverá vir a ter uma função na área da cultura. Em 2015 a autarquia divulgou, em comunicado, a intenção de ali criar um centro cultural, com uma escola de artes e ofícios e um pequeno museu para «fomentar a coesão sócio-cultural e recolocar o Palácio no plano de desenvolvimento urbano da região».
O palácio Valflores «é um exemplo concreto de uma peça de património histórico, que importa para já preservar, depois reabilitar e encontrar uma utilização compatível com a localização soberba que tem», afirmou o ministro da Cultura. «É nesta perspetiva que estamos aqui, para trabalharmos juntos, de uma forma fraterna e que se espera que seja dinâmica, conscientes das dificuldades com que o País está confrontado no plano orçamental», sublinhou. «Somos gente madura e profundamente responsável e não podemos fazer promessas que não possamos cumprir em termos dos recursos orçamentais», acrescentou. De realçar que apesar da promoção de Secretaria de Estado a Ministério, a Cultura perdeu quase 3 milhões de euros em relação ao Orçamento de 2015.
O Ministro visitou também a Praça Monumental, em estilo barroco, em Santo Antão do Tojal, assim como o Palácio da Mitra, o Centro de Interpretação da Rota Histórica das Linhas de Torres e o Museu do Vinho e da Vinha em Bucelas.