Médicos de família no concelho
Câmara de Loures exige reforço urgente
9 de junho de 2025
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Autarquia considera insuficiente a atribuição de apenas 10 vagas para Loures no novo plano de colocação de profissionais nas ULS.
A Câmara Municipal de Loures manifestou a sua profunda preocupação com a recente decisão dos Ministérios da Saúde e das Finanças, que fixaram em apenas 10 o número máximo de vagas para médicos de Medicina Geral e Familiar no concelho, no âmbito do novo plano de colocação de profissionais nas Unidades Locais de Saúde (ULS).
A autarquia considera que o número atribuído fica muito aquém das necessidades reais da população e dos pedidos feitos pela própria ULS Loures-Odivelas, que identificava a necessidade de pelo menos 18 vagas. De acordo com os dados atuais, o concelho regista um défice de cerca de 40 médicos de família, o que torna a resposta agora dada pelo Governo manifestamente insuficiente.
A situação agrava-se com a escassez de vagas consideradas carenciadas, ou seja, destinadas a zonas com falta crítica de profissionais. Apenas duas dessas vagas foram atribuídas à Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Loures, e nenhuma vaga com incentivos foi alocada à ULS de São José, que serve áreas particularmente sensíveis do concelho, como o Catujal e Moscavide, onde os serviços de saúde funcionam com grandes limitações.
A Câmara de Loures sublinha que tem feito a sua parte no reforço da rede de cuidados de saúde primários. Exemplo disso são os investimentos diretos em novas infraestruturas, como a Unidade de Saúde do Catujal, já em funcionamento, e a Unidade de Saúde do Tojal, pronta a abrir. No entanto, sem médicos, estas unidades não poderão cumprir o papel para que foram criadas.
Perante esta realidade, o Município apela ao Governo para que reveja com urgência os critérios definidos no plano de colocação de médicos e permita a contratação de mais profissionais, garantindo assim o acesso da população a cuidados de saúde primários dignos, próximos e eficazes.