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Opinião
Filipe Esménio – Director
Filipe Esménio
Director

Mel de Cicuta

2023 a realidade mata 2024 a esperança é eterna

7 de janeiro de 2024
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Há matérias especulativas, subjetivas, interpretativas, e nessa matéria também somos mestres.
Mas há matérias objetivas e, objetivamente, o nosso sistema nacional de saúde, e em particular em Loures, está caótico.
Não nego o esforço local, os novos centros de saúde e a evidência do esforço de mudança dos diferentes agentes políticos à sua maneira. O problema está no hoje. No agora. E que até lá, se é que chegaremos lá, a um modelo melhor, há pessoas que morrem e isso, é imutável e não carece de interpretação. São factos. Seria importante que nesta matéria os diferentes partidos se alinhassem e não continuássemos num ziguezague.
Comprámos uma ideia de uma Europa de direitos socias, temos dos impostos mais caros do mundo, temos liberdade, é verdade e livre iniciativa, mas o cerco aperta a olhos vistos. Haja esperança numa nova geração que nos traga algo de diferente… acho mesmo possível que tal aconteça.
Da redação das páginas centrai deste NL, uma espécie de revista de 2023, há factos bem evidentes. A Jornada Mundial da Juventude foi decisiva para mudar a zona ribeirinha, o Metro parece mais perto do que nunca, e os cuidados de saúde do concelho estão em paliativos.
Para além disso, muitas outras coisas acontecem em Loures e, por vezes, não sabemos valorizar o que temos. O que verdadeiramente fazemos de bom por Loures e por Portugal. Ninguém melhor que os da terra para a poder defender… Loures é a nossa terra, ninguém melhor do que nós para nos enaltecermos e elevarmos a nossa terra e as nossas gentes.
Mas 2024 chegou. Com eleições à porta e um PRR em curso. Lento, mas em curso. Com o grosso do dinheiro a ficar nas entidades públicas e seus pares e com mais de 90% de PME’s a ver passar o comboio, na verdade mais de 99% de PME’s segundo apurei. O quer será melhor? A pergunta fraturante que em função da opinião de cada um também definirá uma intenção de voto.
Continuo, no ano em que vou completar 50 anos um otimista. Sinto-me um privilegiado, uma pessoa que tem amigos e família, água quente e potável, roupa e comida. É bom. Muito bom. Do nosso cantinho e da nossa Europa continuo a esperar muito, muito mais. É um momento crítico é verdade, mas só podemos esperar de nós, mais e melhor. Mais força, mais empenhamento mais trabalho.
Por isso a nós aos que estamos por cá e que ainda muito podemos fazer por isto...
Bom ano, muita força.

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